A Missa do Encontro das Bandeiras do Divino, que ocorre no domingo (14) como parte da programação do 31º Açor, será um momento histórico para Barra Velha. O prefeito Daniel Pontes da Cunha sancionará a lei que declara a Festa do Divino Espírito Santo como Patrimônio Cultural Imaterial do Município.
O reconhecimento tem como objetivo preservar e valorizar uma das mais antigas e difundidas tradições do catolicismo, reforçando sua importância para a história, a fé e a identidade do povo barravelhense. O Projeto de Lei nº 109/2025, proposto pelo vereador Nelson Feder e elaborado pela administração municipal, foi votado e aprovado na quinta-feira (11) pela Câmara Municipal de Barra Velha.
“Barra Velha tem como sua festa mais antiga a Festa do Divino. Sua origem é portuguesa e celebrar esse reconhecimento dentro da programação do Açor é, com certeza, um grande momento para nosso município e nossas tradições”, destaca o vice-prefeito de Barra Velha, Juliano Bernardes.
A Festa do Divino tem origem no Pentecostes, celebrado cinquenta dias após a Páscoa, quando, segundo o Novo Testamento, o Espírito Santo se manifestou aos apóstolos. Em Portugal, a festa foi instituída no século XIV pela Rainha Isabel de Aragão, como forma de celebrar o Espírito Santo. Trazida ao Brasil pelos colonizadores, a tradição chegou a Barra Velha, onde se enraizou.
A cada ano, um novo casal imperial é coroado, escolhido entre pessoas da comunidade para comandar os festejos. A corte anda sempre acompanhada da bandeira do Divino, que traz a cor vermelha e remete ao fogo do Espírito, e pela bandeira azul, característica particular dos festejos em Barra Velha, que representa a Trindade.
Para o prefeito de Barra Velha, a sanção da lei reforça o compromisso do município na manutenção da identidade do povo. “Estamos vivendo um momento de grandes transformações em nossa cidade. Tornar essa festa um patrimônio municipal é uma forma de preservarmos as nossas características e a nossa história. Por isso, esse dia é marcante para nossa cultura e tradição”.