Ex-corretor de imóveis de Penha entra na lista de procurados da Interpol após golpe milionário

Homem teria vendido a mesma casa para várias pessoas, conforme as denúncias. Ao menos 40 vítimas do golpista foram identificadas e ouvidas em um mutirão feito na delegacia.

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O corretor de imóveis investigado por aplicar um golpe milionário em Penha, entrou na lista de procurados da Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal. Alaim Domingos da Silva teve a prisão decretada há cerca de duas semanas, mas somente ontem (21) a informação foi divulgada. A Polícia Civil acredita que ele possa ter deixado o Brasil.

Desde quando o Poder Judiciário expediu o mandado de prisão contra o corretor, as autoridades fizeram várias buscas na tentativa de encontrá-lo, mas sem sucesso até o momento. A Justiça autorizou o bloqueio de bens, como imóveis, carros e dinheiro no banco, em nome de Alaim até R$ 3 milhões — valor estimado dos golpes que ele supostamente aplicou em clientes.

O registro profissional do corretor foi suspenso pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de SC (CRECI-SC), no fim do mês passado. O inquérito ainda está aberto e a polícia não descarta a possibilidade de envolvimento de outras pessoas.

Sonho que virou pesadelo

O corretor enganou dezenas de famílias ao vender a mesma casa para todas elas em Penha. Após ser desmascarado, o homem desapareceu da cidade, mas ostentava viagens de luxo nas redes sociais.

Bruna Samantha foi uma das vítimas. Ela contou à repórter Bianca Bertoli que viu os anúncios em imobiliárias do município e gostou de um sobrado no Loteamento Pedro Borba. O valor de R$ 450 mil não estava abaixo do mercado e toda a papelada, que precisou ser autenticada em cartório, trouxe segurança para que ela e a família sequer desconfiassem do profissional.

O golpe só foi descoberto, comenta o delegado que lidera as investigações, Angelo Fragelli, porque o prazo de entrega das casas foi se aproximando e houve atrasos. Sem querer, as famílias começaram a descobrir que tinham adquirido o mesmo lote. Ao menos 40 pessoas foram identificadas e ouvidas em um mutirão feito na delegacia para dar celeridade ao processo.

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