Um elefante-marinho foi avistado, na manhã de sábado (2), na altura da Rua Antônio Brígido de Souza, na praia do Manguinho, no bairro Praia de Armação, em Penha. Logo em seguida, o animal retornou ao mar, provavelmente por conta da aproximação de curiosos. Mais tarde, tudo indica que seja o mesmo animal, foi visto na Praia da Fortaleza.
De acordo com a equipe veterinária do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado pela Univali/Penha, trata-se de uma fêmea de elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), com cerca de 2,5 metros de comprimento, com boas condições físicas, escore corporal e frequências cardíaca e respiratória dentro da normalidade.
As marcas presentes na pele do animal podem estar associadas a muda de pelos, já que não foi observada aderência de parasitas. Não foram observadas secreções nas mucosas ocular e oral, sugerindo que não há nenhum processo inflamatório em andamento.
Há evidências de que este indivíduo seja o mesmo que passou por tratamento veterinário em outras bases do PMP-BS no estado de São Paulo (@institutogremar e @ipec.pmpbs). O animal possui uma tag amarela de identificação nas nadadeiras posteriores e algumas marcas/cicatrizes similares as do indivíduo registrado por lá.
Aparentemente o animal estava descansando na areia, comportamento natural da espécie, especialmente em fases de repouso.
Presença ocasional
O elefante-marinho-do-sul é um mamífero marinho que possui distribuição nas ilhas subantárticas, onde se reproduzem. A presença da espécie no litoral do Brasil é ocasional e derivada de deslocamentos de colônias reprodutivas da Argentina.
A equipe do PMP-BS lembra que, ao avistar um animal marinho na praia, o mais importante é não se aproximar, evitar barulhos e respeitar o espaço dele. A presença humana muito próxima pode causar estresse e comprometer o bem-estar do animal.























