Na terça feira do dia 4 de fevereiro de 2025 durante o primeiro encontro com líder estrangeiro na Casa Branca, sede do governo americano, Donald Trump, durante coletiva de impressa juntamente com Bejamin Netanyahu Premiê de Israel, Trump declarou que os EUA podem tomar a região de Gaza que fica colada com Israel e voltada para o mar. O predisente americano disse que se fosse necessario entraria com tropas no local.
Gaza é uma região estreita de terra aproximadamente 10 km de largura e de 41 km de comprimento. Esta pequena área fazia parte do antigo Império Otomano, sendo depois ocupada pelo Reino Unido em 1918 e posteriormente pelo Egito 1948. Em 1967 Israel tomou esta terra durante a Guerra dos Seis Dias, além de outros territórios de países que atacaram durante um feriado religioso. Posteriormente, em acordos, Israel devolveu boa parte desses territórios, mas a Faixa de Gaza não foi absorvida por nenhuma nação. No entanto, o vácuo de poder não durou muito tempo: alguns habitantes locais e grupos externos assumiram o controle, entre eles o Hamas.
O grupo terrorista Hamas entrou em conflito com Israel por muitos anos, intensificando as ações em 2005 e realizando grandes ofensivas em 2008, 2009 e 2014. O último grande ataque a Israel ocorreu em 7 de outubro de 2023, deixando mais de 1.400 israelenses mortos, incluindo crianças, idosos e mulheres. Cerca de 200 pessoas foram sequestradas e tornadas reféns. Em resposta, Israel lançou bombardeios contra o território.
O mundo estava na expectativa para saber com qual líder mundial o presidente dos EUA se encontraria primeiro. Hoje, há muitos conflitos e disputas em andamento, e Donald Trump tem demonstrado celeridade e energia na condução de questões que envolvem os EUA, de forma direta e indireta. Além disso, muitos países aguardam alguma posição norte-americana em seus próprios assuntos internos, e não seria diferente no Oriente Médio, região da antiga Ásia Menor.
Na coletiva de imprensa, após uma espera de uma hora pelos presentes e com transmissão televisiva, o presidente americano entrou na sala acompanhado do líder de Israel. Com poucas palavras e apresentações, Trump anunciou que os EUA tomariam a região de Gaza. A declaração foi feita no meio de um discurso mais longo, seguido por muitas perguntas, que foram respondidas de forma tranquila e consensual pelos líderes. Ambos pareciam estar em pleno acordo.
Questionado sobre soberania, a solução de dois Estados e a situação das pessoas que vivem na região, Trump afirmou que não se pode obter resultados diferentes repetindo as mesmas ações. Por isso, sua proposta seria tentar algo totalmente novo: retirar todas as pessoas, avaliar cada caso individualmente, desmontar estruturas militares e reurbanizar a região.
Alguns analistas apontam que não seria interessante para os EUA realizar uma ação dessa magnitude, já que não traria retorno significativo para o país. Por outro lado, Trump defendeu que o processo de pacificação da região é essencial. Gaza, localizada no Oriente Médio, tem uma posição estratégica, e conflitos ali costumam reverberar por toda a Ásia Menor. Além disso, a região pode possuir recursos naturais de interesse dos EUA. Por último, e não menos importante, Israel está no centro do mundo, sendo uma conexão terrestre entre várias regiões globais, o que tornaria a região extremamente estratégica a curto e longo prazo.