Fabiano Schmidt

Coluna Plantas & Paisagismo

Seja bem vindo(a) a esta coluna, me chamo Fabiano Schmidt, sou apaixonado por plantas e especial orquídeas, cactos, suculentas e bonsai.

Sou de Joinville – Santa Catarina, agremiado a AJAO (Agremiação Joinvillense de Amadores de Orquídeas) onde realizamos diversas atividades como: reuniões entre os agremiados, plantio de mudas pela cidade, participação de eventos no estado e no Brasil e a idealização da Festa das Flores hoje considerada uma das maiores da América Latina.

Tenho como objetivo nesta coluna trazer 1 vez por semana um pouco mais sobre o Mundo das Plantas, paisagismo e jardinagem:

– Cultivo
– Informações sobre plantas
– Histórias
– Dicas
– Sugestões
– Eventos
– Entre outros assuntos relacionados.

Espero que goste do conteúdo.

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Dicas para jardineiros amadores

Hoje vamos dar algumas dicas para vocês jardineiros amadores, aquele que gosta de mexer nas plantinhas de sua casa.
Dicas Jardineiros Amadores

Que tal algumas dicas para vocês jardineiros amadores, isso você mesmo que gosta de mexer em suas plantinhas sem compromisso ou que mexe nelas somente aos finais de semana.

Vamos lá então:

Sombra
Sempre que ler ou ouvir alguém falar que uma planta gosta de sombra, desconfie. As plantas necessitam realizar a fotossíntese para viver.

Assim, por mais “de sombra” que seja uma planta, ela sempre vai gostar de um local bem iluminado, próximo a uma janela ou poço de luz, ou seja sombra não quer dizer dentro de casa ou escondida, é um local sombreado onde a planta receba uma boa incidência de luz.

Regas
Esqueça aquela dica do atendente da floricultura que disse para você regar dia sim dia não, entre outras periodicidades.

A planta não bebe a mesma quantidade de água todos os dias.

Assim como você, em dias quentes ou mais cansativos, ela bebe mais água.

Assim, utilize a umidade da terra como parâmetro.

Coloque o dedo no solo e sinta se está úmido ou seco.

Só regue se estiver seco (e regue sempre que estiver seco!) A planta prefere que você regue bem o vaso a intervalos espaçados, molhando bem todo o substrato, do que um pouquinho por dia.

Vale para a maioria das plantas.

Botânica
Acabou de ganhar ou comprar uma planta?

Pergunte sobre modo de cultivo e ouça atentamente as dicas de quem vendeu, mas não fique só nisso.

Procure saber o nome científico e se não for possível pelo menos o nome popular. Depois procure na internet ou em livros informações sobre a espécie que você adquiriu.

Conhecer a biologia da planta e os cuidados que são o consenso geral para ela são uma boa forma de obter sucesso no cultivo.

É incrível como o que os vendedores dizem algumas vezes é exatamente o contrário do que a planta gosta, por isso pesquise, sempre tem aquele vendedor que só quer ganhar dinheiro e ensina tudo ao contrario para poder vender mais devido a sua perda de plantas.

Mudanças
Você tinha uma planta há alguns meses na sombra e acabou de descobrir que ela gosta de sol.

Excelente! No entanto, as plantas detestam mudanças bruscas e se ressentem facilmente.

Pense que ela levou meses para adaptar suas folhas às condições de pouca luz, além de ter desarmado toda sua proteção solar.

Assim, faça sempre alterações graduais, ao longo de várias semanas, principalmente quando o assunto for luz, sempre comece iniciando a acostumar a planta com mais incidência de luz, de semana em semana vai aproximando mais ela da luz, uma boa pratica é você colocar a planta em local bem iluminado no inicio da manhã até no máximo 09:30 para que ela vá se acostumando, e semana pós semana pode ir aumentando esse período para que a planta forme sua proteção solar e se acostume com o novo ambiente.

Umidade do ar
Poucas plantas realmente gostam de ambientes secos.

Desta forma, mesmo que aquela palmeira tenha ficado linda no seu escritório, com muita luz e alguém que poderá cuidar dela, não acredite que ela ficará bem se tiver um ar condicionado ligado como companheiro por boa parte do dia.

Geralmente este ar seco é o principal culpado de pontas de folhas secas.

Neste caso, escolha plantas próprias para ambientes secos, como suculentas por exemplo.

A escolha por plantas envasadas floridas, que são baratas e tem os dias contados, pode ser uma opção, desde que você tenha em mente que elas estão lá mas não vão durar muito.

Adubos
Para os iniciantes (e muitos experientes também) o melhor fertilizante é o húmus de minhoca.

É um adubo suave, que melhora as condições gerais do solo e não há risco de queimar a planta por excessos.

Se você tiver acesso, utilize também doses pequenas de bokashi, que é uma opção bastante natural.

Adubos químicos como uréia, salitre ou NPK são muito potentes e um pequeno erro na dosagem pode resultar na morte súbita da sua planta.

No entanto, você pode lançar mão das opções modernas, com liberação lenta, como o osmocote e o basacote.

Adubos orgânicos que não foram curtidos, como estercos, tortas de algodão ou mamona também podem ser perigosos.

Em excesso, os estercos tem o efeito semelhante ao uso de grandes doses de uréia.

Já as tortas, tendem a apodrecer e assim podem queimar o caule das plantas mais frágeis.

Quando já estiver mais avançado, experimente outros fertilizantes, mas sempre respeitando a biologia da espécie da planta e as recomendações do fabricante.

Plantas
Não é só porque você achou linda uma planta super rara que ela vai ser moleza de cultivar.

Comece com espécies mais comuns, simples de achar e baratas.

Além de serem mais fáceis de lidar, se você por acaso perdê-las, não será muito grave.

Por hora, deixe orquídeas raras, bonsais, carnívoras, entre outras beldades, para os mais avançados.

Um dia você chega lá. Outro caso comum é querer trazer plantas exóticas de outros países, como as tulipas por exemplo.

Muitas espécies não serão capazes de se adaptar às nossas condições climáticas, por melhor que seja o jardineiro.

Nessas ocasiões, o melhor é pesquisar antes para evitar de cair nessa roubada.

Colecionáveis
É tentador iniciar uma coleção de plantas.

Sejam elas bromélias, suculentas, orquídeas, etc.

Ao iniciar uma coleção, mantenha um registro impecável das suas plantas, com o nome de cada espécie, cultivar e híbrido.

Não esqueça também de usar e manter etiquetas ou plaquinhas de identificação.

No futuro, quando quiser expor ou vender algum item da sua coleção, essa informação será primordial, além de que você poderá tem um melhor controle sobre cultivo, adubação, transplantes entre outros, pois cada espécie é um cuidado específico.

Podas
Via de regra, efetue as podas quando as plantas estão com o metabolismo mais lento, mas prestes a acordar.

Ou seja, no final do inverno ou durante o período seco. Estude a poda ideal de cada espécie que será podada.

Não existe uma forma de podar que sirva para todas as plantas.

Elimine ramos secos, mal formados, ladrões, doentes ou infestados com pragas.

Evite podas drásticas e podas em períodos muito úmidos, que favorecem o aparecimento de doenças e dificultam a cicatrização.

Um bom podador precisa de muita experiência e observação.

Fique de olho em como a planta se comporta após a poda.

Ervas Daninhas, pragas e doenças
As mazelas do jardim costumam infernizar a vida dos jardineiros iniciantes.

Tenha em mente que é apenas a natureza tentando encontrar o equilíbrio.

Mantenha suas plantas sempre bem nutridas e hidratadas, em local com luminosidade favorável à espécie.

Plantas fortes e saudáveis não deixam espaço para ervas daninhas e são muito mais resistentes a pragas e doenças.

Foque em deixar suas plantas sadias, não em exterminar pragas. E por falar nisso, a palavra chave é controle.

Você controla os problemas, dificilmente acaba com eles. Afinal, para ver borboletas é preciso conviver com algumas lagartas.

Tenha mão firme contra ataques em massa, mas tolere alguns visitantes.

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