Casal de Joinville é condenado, pena somada chega a 70 anos de prisão.

Casal condenado de Joinville foi conhecido pelo caso Jonatas, Portador de AME (Atrofia Muscular Espinhal)

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Ame

Renato Henrique Openkoski e Aline da Cunha Souza Openkoski, pais de Jonatas Henrique Openkoski, que morreu em janeiro de 2022.

Portador de AME (Atrofia Muscular Espinhal) do tipo 1, Jonatas morreu aos 5 anos após uma parada cardíaca.

Agora, os pais do garoto foram condenados e as penas, somadas, chegam a 70 anos de prisão em regime fechado.

Em junho, o Ministério Público apresentou as alegações finais pedindo a condenação do casal por estelionato e apropriação indébita.

Ao longo de todos os anos, o caso Ame Jonatas ganhou repercussão em todo o país com denúncias de que os recursos arrecadados na campanha estavam sendo desviados em benefício do casal, em detrimento ao tratamento do menino.

A Justiça acatou parcialmente o pedido do Ministério Público e condenou Renato e Aline por estelionato e apropriação indébita de pessoa com deficiência.

Na decisão, publicada na noite de sexta-feira (21), o juiz Paulo Eduardo Huergo Farah condena Renato a 44 anos e 29 dias de reclusão em regime fechado, além do pagamento de 221 dias-multa por estelionato e apropriação.

No caso da apropriação indébita, a decisão aponta infração por 18 vezes.

A mãe de Jonatas, Aline, foi condenada pelos mesmos crimes a 26 anos, 11 meses e 13 dias de prisão em regime fechado, além do pagamento de 363 dias-multa.

Na ação penal dela, a infração de apropriação indébita foi realizada nove vezes, aponta a decisão. Os dois foram condenados, ainda, ao pagamento das despesas processuais.

O juiz fixou uma indenização mínima de pouco mais de R$ 178 mil.

O juiz concedeu ao casal o direito de recorrer em liberdade “pelo fato de não haver motivos para a decretação da prisão preventiva”.

Na campanha realizada pelos pais, cerca de R$ 4 milhões foram arrecadados e, de acordo com a denúncia do Ministério Público, os recursos foram utilizados para a compra de bens e serviços que se destinavam ao bem-estar do casal e de familiares e não ao tratamento de saúde de Jonatas, como era o objetivo principal da campanha.

Entre os bens adquiridos, aponta o MP, estão celulares, peças automotivas, joias, armas de pressão, roupas, etc.

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