A Prefeitura de Barra Velha por meio da Secretaria de Saúde e Saneamento informa nesta segunda-feira, 19, a situação epidemiológica atual referente à Febre Maculosa, na cidade.
Apesar da preocupação recente com casos, mortes ocorridas em outros estados, e registros em algumas cidades de Santa Catarina, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica municipal, Elaine Rosa, afirma e tranquiliza a população “a cidade não conta com nenhum registro da doença”.
Elaine atribui o fato ao sistema de notificações existente, feito pelos profissionais de saúde.
“Não há e nem jamais existiu nenhum caso confirmado em Barra Velha, mas isso não impede que as pessoas se previnam e saibam como evitar”.
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato-estrela, infectado com a bactéria Rickettsia. A transmissão acontece quando o animal se gruda ao corpo da pessoa ou também pela entrada da bactéria em lesões de pele, ao esmagar o carrapato.
No país foram identificadas duas espécies da bactéria relacionada aos quadros clínicos da doença. São elas: a rickettsii (considerada mais grave, encontrada no norte do estado do Paraná e na região sudeste), e a parkeri (produz situações mais leves e está presente em ambientes de Mata Atlântica, como os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica Estadual (DIVE), esclareceu em nota na semana passada que a versão encontrada localmente não causa tantas complicações e que “Santa Catarina não tem registro de óbitos por febre maculosa, justamente porque a bactéria encontrada no estado é a que produz quadros menos graves”. Mas, apesar disso, Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE, reforça que é preciso estar atento à prevenção e aos sintomas da doença.
O médico Jairo Lenzi atua na Unidade Sanitária pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Ele explica os sintomas e fala o que fazer se ocorrer a picada ou o contato com o carrapato.
Segundo o médico, a febre maculosa pode causar febre, náusea e vômito, diarreia, dores musculares e mal-estar em geral, entre 2 e 14 dias depois do contágio. Manchas pelo corpo podem aparecer entre o 3º e o 5º dia após o início dos sintomas, mas nem todos os pacientes apresentam estas manifestações.
“Caso encontre o animal na pele ou na roupa, indica-se a remoção imediata e cuidadosa, sem esmagá-lo. Também é preciso limpar bem a superfície, lavando-a com água e sabão”.
Para se prevenir em áreas que possam contar com o carrapato, é preciso usar repelente e utilizar roupas claras e fechadas. Assim fica mais difícil o contato e se acontecer facilita a identificação. E lembre-se, ao sentir qualquer alteração o paciente deve procurar atendimento nas unidades básicas de saúde ou no Pronto Atendimento.