Nesta segunda-feira, 27, começou mais uma etapa da obra da ponte Joinville. Na margem situada no bairro Boa Vista, começou a funcionar o equipamento cantitravel. Esta é a primeira vez que este método construtivo é utilizado na cidade. Essa técnica permite implantar as estacas no mangue, formando o eixo da ponte com mínimo impacto ambiental ao ecossistema.
“É um processo que começa às margens do rio e vai avançando sobre o mangue interferindo minimamente na vegetação. Ele vai cravando as estacas, escavando e concretando e depois vem a sequência construtiva”, explica o diretor-executivo da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Paulo Mendes Castro.
“Esse processo agride o mínimo possível o meio ambiente, a área de mangue. Ele utiliza estritamente o necessário para fazer a cravação das estacas, os blocos de fundação e a construção dos pilares”, informa.
Como funciona o equipamento
O cantitravel funciona com um guindaste gigante, alimentado por estruturas sobre trilhos, que levam insumos e todas as ferragens inseridas dentro das estacas, já que cada estaca pesa mais de 1 tonelada. Além disso, o instrumento faz o lançamento do concreto, a cravação da estrutura metálica e escavação das estacas, tanto em solo quanto em rocha.
Esse equipamento é utilizado em obras de portos ou de pontes onde o acesso é mais difícil. Na ponte Joinville, é utilizado devido ao ecossistema manguezal, com o objetivo de minimizar o impacto ambiental da obra.
Ponte Joinville
A ponte Joinville terá aproximadamente 980 metros de comprimento e 26 metros de largura. Haverá duas pistas para cada um dos sentidos, além de área para acostamento, ciclovia e calçada para pedestres.
A estrutura será uma ligação desde a avenida Alwino Hansen, no bairro Adhemar Garcia, seguindo sobre o rio Cachoeira e conectando-se com o sistema viário do bairro Boa Vista, nas ruas São Leopoldo e São Borja. A expectativa é que diariamente, cerca de 65 mil pessoas passem pela ponte após a conclusão da obra.
Confira fotos da obra:


