Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido nacionalmente como Marcelo VIPs, morreu na terça-feira, 9, aos 49 anos, enquanto estava em passagem por Joinville. O paranaense ficou famoso por aplicar golpes em várias regiões do país e depois transformou as histórias em filme e documentário.
Natural de Maringá (PR), Marcelo morava em Curitiba e se tornou uma figura conhecida nos anos 2000 ao se apresentar sob identidades falsas. Um dos episódios de maior repercussão foi quando afirmou ser dono da companhia aérea Gol, além de outras farsas que o colocaram no noticiário policial.
Ao longo da vida, acumulou prisões. Uma delas ocorreu em 2018, quando a polícia identificou um esquema de utilização de atestados falsos para progressão de regime por parte de ex-presos. Na ocasião, Marcelo foi detido no Mato Grosso.
A trajetória dele inspirou o documentário “VIPs – Histórias Reais de um Mentiroso” (2010) e o filme “VIPs” (2011), protagonizado por Wagner Moura, que reacenderam o interesse público pelo caso.
Nos últimos anos, segundo informações divulgadas pelo Portal g1, Marcelo passava por um processo de ressocialização e trabalhava como produtor de grandes artistas. A morte teria sido causada por cirrose hepática.
O advogado e amigo Roberto Bona Júnior lamentou a morte: “O Brasil conheceu o Marcelo VIPs, o ícone das coisas erradas que fez. Mas poucos conheciam o verdadeiro Marcelo que era alegre, generoso e sempre disponível para os amigos. Ele mostrou que a ressocialização é possível. Deixou de ser o criminoso famoso para ser produtor de grandes artistas”, declarou.
Embora morasse na capital paranaense, o sepultamento está previsto para ocorrer em São José dos Pinhais, nesta quarta-feira, 10.
