O turista que vier a Balneário Piçarras vai ter mais motivos para reclamar do que para comemorar.
Em toda extensão da orla central a sujeira trazida pela maré se acumula na areia, os decks de passeio estão quebrados e muitas ruas que foram abertas para passagem da drenagem continuam inacabadas.
“Destruíram às ruas às vésperas do Natal. É só andar pela cidade e observar a situação das ruas está péssima da sinaleira da Getúlio Vargas em direção ao Itacolomi.
Tudo por culta da falta de planejamento da prefeitura, que começou e não terminou as obras.
Vai ser mais um fim de ano com trânsito caótico”, reclama um morador de Blumenau, que frequenta a cidade desde a infância.
Outro morador que vendeu a casa em Penha para comprar um imóvel em Balneário Piçarras aponta o número excessivo de quadras de beach tennis nas proximidades do Restaurante Norte Beach.
“No começo era duas quadras, agora são seis. Não sei que órgão permitiu isso, tirando o espaço dos veranistas que transitam naquele local, inclusive são grosseiros com as pessoas que reclamam quando levam boladas. Se instalam em toda aquela região, dificultando a passagem das pessoas. Me desculpe, mas é um grupo elitizado que pratica esse esporte e não a população em geral”, desabafou o morador.
As reclamações feitas na Ouvidoria do Município sobre a ocupação excessiva das quadras de beach tennis, segundo o morador, gerou revolta do chefe do gabinete do prefeito João Sensi.
“Não lembro o nome, me ligou, precisa ver como essa pessoa foi grosseira comigo, só faltou me chamar de ignorante. Não resolveram nada. Lamentável, a população não tem mais voz”, denunciou.
O outro lado
Nossa reportagem tentou fazer contato com a Assessoria de Comunicação Social da Prefeitura de Balneário Piçarras para questionar o posicionamento do chefe de gabinete, mas o responsável pela pasta Raffael do Prado não respondeu nosso contato.
Já o secretário de Obras, Orli Carlos Ferreira Júnior, disse que a limpeza da praia passará por uma nova etapa após a retirada do material grosso (galhos, entulhos e pedaços de madeira).
Sobre as obras da Avenida Emanuel Pinto, Orli diz que o atraso é culpa da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
“Nossa parte está feita que é a base, sub-base e as calçadas para transitar, o problema é a rede de esgoto. O serviço é executado por uma empresa terceirizada Casan. Isso já faz 90 dias”, justifica.