O prefeito de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues (PP), virou réu no processo da Operação Mensageiro, investigação que apura suposto esquema de corrupção na contratação de coleta e transporte de lixo em cidades de Santa Catarina.
O julgamento da denúncia contra o prefeito de Balneário Barra do Sul, para decidir pela abertura ou não do processo contra ele, ocorreu na manhã desta quinta-feira (11), no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A decisão foi tomada pela 5ª Câmara Criminal.
Com a decisão, a Justiça agora irá analisar os elementos obtidos pela investigação e também abrir espaço para a defesa do prefeito. O sigilo sobre a investigação também foi retirado pela decisão desta quinta.
Rodrigues foi preso na primeira fase da Operação Mensageiro, em dezembro de 2022. Ele permanece detido no presídio de Mafra, no Norte de SC.
O filho de Antônio Rodrigues e vereador em Balneário Barra do Sul, Jefferson Rodrigues, também foi preso na Operação Mensageiro e se tornou réu no mesmo processo aceito nesta quinta-feira pela Justiça.
Até o momento, seis dos 16 prefeitos presos na Operação Mensageiro já se tornaram réus. O caso do prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), também está na pauta e deve ser julgado na tarde desta quinta-feira no TJSC.
Contraponto
O advogado de Antônio Rodrigues, Marlon Bertuol, afirmou que irá aguardar a publicação do acórdão, mas já antecipou que a defesa pretende apresentar um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para “demonstrar que não existem elementos para justificar o recebimento da denúncia, bem como para demonstrar a desnecessidade da manutenção da prisão preventiva”.
O que é a Operação Mensageiro e o que ela apura?
A Operação Mensageiro teve início em 6 de dezembro de 2022 e apura esquema de corrupção na licitação da coleta de lixo em cidades de Santa Catarina. Na primeira fase, quatro prefeitos foram presos: Pescaria Brava, Papanduva, Balneário Barra do Sul e Itapoá.
A segunda, deflagrada em 2 de fevereiro, teve dois prefeitos presos: Lages e Capivari de Baixo. Na terceira fase, que ocorreu 15 dias após, o prefeito de Tubarão e o vice foram presos. Já na quarta, as informações preliminares apontam que os prefeitos de Gravatal, no Sul do Estado, Guaramirim e Schroeder, ambos no Norte, foram presos. Há ainda cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão.
