A Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, está trabalhando na busca ativa de não vacinados com a vacina do sarampo durante todo o segundo semestre de 2025. A ação visa garantir a imunização de grupos com alta exposição ao público, como trabalhadores de hotelaria e turismo, da indústria, aeroportuários, portuários, rodoviários, motoristas de táxi e aplicativos, e profissionais da saúde.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, Tiago Lopes, o município pede a colaboração desses grupos e que busquem completar o esquema vacinal contra o sarampo. “Trabalharemos de duas formas: as empresas podem entrar em contato conosco para agendarmos a vacinação in loco, enquanto os profissionais liberais podem procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de casa para receberem a vacina”, explica.
Empresas dos setores de hotelaria e turismo, portuário, aeroportuário, rodoviário e indústria podem agendar data e hora, com local e número de pessoas a serem vacinadas, pelo telefone (47) 3185-2350 ou pelo e-mail saude.dve@navegantes.sc.gov.br.
A vacina também está disponível em 11 unidades básicas de saúde: São Pedro, Gravatá, Meia Praia, Verde Mar, Central, São Paulo, Nossa Senhora das Graças, São Domingos II, Machados, Porto das Balsas e Escalvados.
De acordo com o secretário de Saúde de Navegantes, Pablo Sebastian Velho, o grande objetivo é evitar a reintrodução e disseminação do vírus do sarampo em todo o território nacional. “Somos uma cidade turística, com grande fluxo de pessoas, principalmente por conta do nosso aeroporto. Precisamos ter cuidado redobrado e garantir que nossa população esteja protegida contra essa doença. E isso é fácil: basta se vacinar”, comenta.
Em Navegantes, nos quatro primeiros meses do ano, apenas 47,96% da população atingiu a cobertura completa da vacina contra o sarampo (duas doses da tríplice viral).
No Brasil, conforme a Nota Técnica Conjunta nº 124/2025-DPNI/SVSA/MS, até 18 de março de 2025 foram confirmados quatro casos de sarampo: dois no Rio de Janeiro, um no Distrito Federal e um sem detalhamento. Há ainda 60 casos em investigação no país. Em Santa Catarina, até junho, foram notificados 12 casos suspeitos de sarampo sem casos confirmados até o momento.
O sarampo é uma doença grave que pode deixar sequelas por toda a vida e até mesmo causar a morte. A vacina é a maneira mais efetiva de evitar que isso aconteça. Algumas das complicações do sarampo são pneumonia (infecção no pulmão), otite média aguda (infecção no ouvido) e encefalite aguda (infecção no cérebro).
Confira o detalhamento de cada grupo que deve procurar a vacina:
Trabalhadores de portos, aeroportos e rodoviárias
• Estivadores, operadores de cargas e logística;
• Agentes de imigração e segurança;
• Tripulação de embarcações e aeronaves;
• Motoristas do transporte intermunicipais e interestaduais;
• Profissionais auxiliares dos serviço gerais, atendimento e manutenção;
• Funcionários dos estabelecimentos comerciais (lojas, restaurantes, bombonieres);
• Profissionais da Anvisa, Receita Federal e Polícia Federal atuam nesses locais.
Motoristas de táxi e aplicativo
• Motoristas de táxi, mototáxi, transporte por aplicativo;
• Cooperativas e autônomos.
Trabalhadores de hotelaria e turismo
• Recepcionistas, camareiras, profissionais auxiliares dos serviços gerais;
• Garçons, cozinheiros e auxiliares de cozinha;
• Guias turísticos e profissionais de atendimento ao turista;
• Supervisores, gerentes e trabalhadores administrativos.
Trabalhadores da indústria
• Operários, técnicos, engenheiros e administrativos de linhas de produção;
• Trabalhadores em ambientes fechados com grande densidade de pessoas;
• Funcionários terceirizados (auxiliares dos serviços gerais, transporte, segurança).
Trabalhadores da saúde
• Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, psicólogos, pedagogas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas;
• Agentes comunitários de saúde e endemias;
• Recepcionistas, vigilantes, maqueiros, auxiliares dos serviços gerais;
• Profissionais administrativos de unidades de saúde.
Texto: Rodrigo Ramos
Foto: Divulgação / Ministério da Saúde























