O itajaiense Bruno Rogério Corrêa, de 29 anos, saiu de Itajaí na quinta-feira com destino a Joinville, pedalando. Determinado a subir o Morro do Jurapê, ele chegou à cidade catarinense na sexta-feira. Após um pneu furar, Bruno decidiu continuar a caminhada a pé, mas acabou se perdendo após atingir o cume da montanha.
Em contato com a família na sexta-feira, Bruno informou que tinha alcançado o topo do Morro do Jurapê, mas que estava perdido e não conseguia retornar. Ele acionou os Bombeiros Voluntários de Joinville e o Grupo de Resgate em Montanhas (GRM) para ajuda.
Durante a trilha, Bruno teria caído e se machucado. Com o celular quase sem bateria, conseguiu enviar sua localização aos socorristas. A equipe de resgate o orientou a permanecer no local até que o contato fosse retomado. Ainda na sexta-feira, o GRM chegou ao ponto informado por Bruno, mas ele não estava mais lá.
As trilhas do Morro do Jurapê são conhecidas pela dificuldade, podendo chegar a 1200 metros de altitude e incluindo trechos de escalada.
Equipes especializadas em resgate de montanha estão mobilizadas para as buscas, que, nesta terça-feira, entraram no quinto dia. Os cães de resgate Nick e Moana também participam da operação.
Contato com a família
No mesmo dia do desaparecimento, Bruno chegou a falar com a família. O pai contou que o rapaz teria sido surpreendido pela chuva e a neblina, o que o deixou desorientado. Foi aí que o homem enviou áudios ao pai contando que caiu em um buraco e não conseguia sair.
Conforme o Corpo de Bombeiros Militar, que apoia as buscas, um integrante do GRM conseguiu falar com Bruno por telefone no início das buscas. Durante a conversa, ele relatou que a bateria do celular estava baixa e que havia caído e se machucado, sem conseguir encontrar a trilha para voltar.
O integrante do GRM orientou Bruno a permanecer no local e desligar o celular. Bruno enviou sua localização fixa via WhatsApp. No entanto, momentos depois, ao tentar estabelecer novo contato, o telefone do desaparecido já estava sem bateria. A equipe do GRM deslocou-se até a localização enviada, mas Bruno não estava mais presente.
A equipe voluntária já subiu o Pico do Jurapê diversas vezes, inclusive rondando a localização que foi enviada por Bruno. Ainda conforme relato dos bombeiros, as trilhas na localidade são desafiadoras, com altimetria de 1200 metros, e em alguns trechos, a escalada é necessária para prosseguir.
As buscas seguem sendo realizadas e também contam com ajuda do helicóptero Águia da Polícia Militar, um drone com câmera térmica operado pela Guarda Municipal de Balneário Camboriú e os cães farejadores do Corpo de Bombeiros Militar.